Não é raro termos dúvidas acerca de orações não respondidas pelo nosso Pai Celestial. Principalmente quando nos deparamos com situações quejulgamos incompatíveis com nossa posição como filhos de Deus. Uma doença que alcança um ente querido, uma catástrofe que assola o que construímos com afinco, lutas inexplicáveis que nos colocam em situações de fragilidade e medo.
Ao
buscarmos nosso Pai nessas ocasiões gostaríamos de ter certeza de que
Ele está nos ouvindo e nos irá atender. Procuramos, então, refúgio em
promessas que encontramos na Bíblia, na certeza de que, com elas,
teremos vitórias. Um dos ensinos de Jesus comumente utilizados é aquele,
em que Ele ensina os apóstolos, durante sua última ceia, dizendo:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” Jo. 14:13
De
posse dessa declaração, do próprio Cristo, podemos nos sentir tristes e
confusos quando insistimos em oração, dizendo claramente que oramos em nome de Jesus, e não somos atendidos. Afinal, o que Jesus falou é claro: tudo quando pedir em meu nome eu o farei!
O
que precisamos meditar é sobre nosso papel quando estamos pedindo algo
em nome dele, de nosso Senhor e mestre. Ao pedirmos algo em nome de
outrem estamos representando aquela pessoa, ou seja, pedindo exatamente
aquilo que aquela pessoa pediria. Não adianta apenas inserirmos ao final
de um pedido “em nome de fulano”, que automaticamente aquele pedido
está de acordo com a vontade de fulano.
Portanto, pedir em nome de
Jesus é representar a Jesus em um pedido, tendo a plena convicção de
que aquela é a vontade dele. Se estivermos totalmente alinhados com
Jesus, nosso pedido encontrará eco no coração dele, e o Pai nos atenderá
de pronto. Caso contrário, nosso pedido não será em nome dele, mesmo
inserindo seu nome na petição.
Mas, e quando não soubermos a
vontade dele? Não podemos orar? Certamente que podemos! Podemos e
devemos, mas será uma oração de suplica, que certamente será ouvida, mas nem sempre atendida. Lembram-se da insistente petição de Jesus ao Pai?
“E [Jesus] disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.” Mc 14:36
Jesus sabia que todas as coisas eram
possíveis ao Pai. Até mesmo livrá-lo do momento que se aproximava: sua
morte na cruz. E clamou... clamou por 3 vezes. Ao final, não tendo sua
súplica atendida, corajosamente cumpriu a vontade de Deus.
Que
possamos representar Jesus ao pedirmos em seu nome e sermos corajosos
para atender diligentemente a vontade do Pai, mesmo que não seja a
nossa.